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Publicarei noticias esportivas de guarapuava e região , e algumas fotos da história do futebol em guarapuava .

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA


O MONGE E O CACIQUE .
A história contem por certo uma parte tão considerável de criações da fantasia que não talvez exagero dizer-se ser ela mais obra de imaginação que de memória. As lendas ocupam amplo espaço, não raro preponderante, sobre as narrativas que correspondem a realidade.Nada há , portanto, de surpreender que entre nós lendas surgissem e se consolidassem,como parte integrante das ideias que formamos sobre o nosso passado e mesmo sobre nossa existência atual. Foi o monge João Maria que vagou pela terras paranaense, catarinense e gauchas, foi umas dessas grandes figuras que estampam nossa imaginação, andarilho que muitas vezes esteve em nossa cidade onde deixou na memoria do povo ser um agente de DEUS. Na sua ultima passagem (1898) alem de receitar curas também profetizou, predisse uma grande praga de gafanhoto e assim aconteceu, se tornando venerado pelos sertanejos que assustados e impressionados pelo sobrenatural da calamidade concretizada e ainda amansava as feras e índios na mata , como não cobrava nada pelas curas que os antes crédulos sertanejos presenciaram, o autenticaram como santidade. Esta figura agora santificada pelo povo continuou as premonições, exclamando que um grande cataclismo, fará desaparecer a cidade de Guarapuava, aparecendo no lugar que está situada um grande lago. Ainda não realizou-se tal fato, mesmo com esta frase, que amedrontou os seus seguidores, estes se mantiveram fieis até os dias de hoje onde peregrinam em busca de cura numa gruta no vale do Jordão onde supõem-se o lugar onde era sua morada nas visitas a comunidade. O monge foi fruto do seu tempo, intrínseco no momento histórico pela estrutura social que se formava. Foi um ser representativo para pessoas simples daquele momento vivido. Outra figura lendária ficou conhecida como cacique Guairacá, foi seu nome advogado pelo grande Romário Martins que procurou impor este nome como o grande defensor da sua raca e terra, que expulsou os castelhanos que queriam conquistar as terras do Paranapanema, Iguaçu e Tibagi.Estes tiveram que sustentar longas batalhas contra esse magnifico cacique que Martins o igualava a Ataualpa do Peru. Deslumbrou uma campanha nacionalista para referenciar este nome, personificar a figura do heroico cacique , generosa ideia de civismo e brasilidade. A intenção primeira era edificar um monumento na então capital brasileira,Guanabara, no Rio de Janeiro. Este movimento de gratidão nacional no sentido de ereção de um monumento que perpetuasse a personalidade do índio brasileiro, foi recusada pela Assembleia no anos de 1950 e foi concretizada no terceiro planalto paranaense , em nossa cidade , depois de uma longa luta do valoroso , figura importante da politica estadual ,Sr Antonio Lustosa de Oliveira, que em 1978, concretizou o sonho Romarista ou Romariano de erguer este monumento ao índio que cumpriu uma grande missão na história nacional, legou ao Brasil a frase : “Esta terra tem dono” . Estas duas figuras, lendas ou não , não foram maléficas influências e por vezes são expressões felizes da realidade histórica e atual, que exprimem melhor que a narrativa verídica dos acontecimentos e a fisionomia dos homens que nele desempenham o papel de relevo. Há lendas que convém manter intacta como uma realidade imponderável outras, muitas ,são prejudiciais e por vezes perigosas para o interesse da sociedade.

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