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Guarapuava, Parana, Brazil
Publicarei noticias esportivas de guarapuava e região , e algumas fotos da história do futebol em guarapuava .

sábado, 24 de janeiro de 2015

HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA...

UMA HISTORIA ALVINEGRA
Na saudosa década de 1980 vários episódios de pessoas vinculadas ao G.E.C. e muitas historias interessante aconteceram, umas delas contarei aqui.A equipe profissional do Guarapuava Esporte Clube viajou até Curitiba para enfrentar o poderoso Coxa do alto da Gloria, jogo este valido pela Loteria Esportiva . A motivação dos atletas e diretores era enorme pois o nome da cidade de Guarapuava estava vinculado na mídia de todo o Brasil. A viagem foi realizada um dia anterior com ônibus leito, tudo no “planejado” ou como dizem por ai “ tudo nos conformes “. Ficamos instalados num bom hotel no centro da capital e na manhã de sábado, no dia do jogo os noticiários já destacavam e apontavam a vitória fácil do verdão coxa branca contra o alvinegro guarapuavano, esse comentário deixou nossos atletas revoltados pela falta de respeito da imprensa da capital, que insinuava “Quem é o G.E.C. na ordem do dia” exclamavam para os torcedores do Coxa. Mas a historia estava para acontecer, almoçamos, deixamos o hotel e se deslocamos para o estádio Couto Pereira que a maioria dos nossos jogadores nunca tinha pisado no gramado. Nossa Comissão Técnica era formada pelo Técnico João Guimarães (Joãozinho) ex-goleiro do Grêmio Oeste nos anos 70 pelos preparadores físicos Clarel e Luis Carlos Porciúncula, mais os irmãos e Diretores Abrão e Élcio Melhem alem do medico o saudoso Dr. Elói Pimentel. Chegamos ao vestiário e a tensão foi aumentando ouvíamos o barulho da torcida nas arquibancadas nos jogadores só nos olhávamos e víamos na face de cada um o nervosismo, principalmente os mais jovens. Mas a coisa mudou quando subimos os degraus para chegar ao gramado entramos o mais veloz possível e começamos a nos movimentar com bastante intensidade para nos aquecer, pois era um dia nublado, chuvoso e frio. Foi ali que senti que o jogo entraria para a historia , foi uma partida sublime de todos os atletas , jogamos os noventa minutos sem medo do adversário que tinha como estrela o goleiro Jairo, o zagueiro uruguaio Taborda e o atacante Lance. No apito final a vitória estava no nosso lado 1 x 0 com gol de Joãozinho . O teste 506 da Loteria esportiva no jogo 4 deu coluna 2 como saiu no fantástico de domingo zeeeeebraaaaaa. Os Diretores invadiram o gramado todo entusiasmo era válido, e na empolgação Abrão Melhem discutiu com os policiais que faziam a segurança do estádio e esses saíram na caça do nosso Diretor que saiu em disparada mais quando sentiu que não conseguiria escapar se jogou no chão completamente desfalecido, foi quando chegou para socorrer o médico e amigo Dr. Elói que exclamou que o companheiro sofria do coração e que estava tendo um enfarte, prontamente fez os primeiros socorros com massagem cardíaca como não recuperava os movimentos a preocupação e a culpa passou agora aos policiais com medo de um final trágico, nervosos os policiais exigiram que o Dr. Eloi fizesse respiração boca a boca, mas este sabedor da astúcia do seu amigo se negou foi quando um policial se prontificou de fazer tal ato. Foi ai que aconteceu digamos um milagre repentino Abrão abriu os olhos e disse as primeiras palavra “ onde estou ‘ , a calmaria foi geral, educadamente os policias se retiram do ambiente aliviados por nada de fatal ter ocorrido e daí começou a festa e as risadas pelo fato ocorrido. Chegamos em Guarapuava com buzinaço no trevo e grande carnaval com fogos de artifícios , tudo isso para saudar os heróis guarapuavano naquele dia histórico. Essa foi uma historia alvinegra. “eu vi e vivi

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA


O MONGE E O CACIQUE .
A história contem por certo uma parte tão considerável de criações da fantasia que não talvez exagero dizer-se ser ela mais obra de imaginação que de memória. As lendas ocupam amplo espaço, não raro preponderante, sobre as narrativas que correspondem a realidade.Nada há , portanto, de surpreender que entre nós lendas surgissem e se consolidassem,como parte integrante das ideias que formamos sobre o nosso passado e mesmo sobre nossa existência atual. Foi o monge João Maria que vagou pela terras paranaense, catarinense e gauchas, foi umas dessas grandes figuras que estampam nossa imaginação, andarilho que muitas vezes esteve em nossa cidade onde deixou na memoria do povo ser um agente de DEUS. Na sua ultima passagem (1898) alem de receitar curas também profetizou, predisse uma grande praga de gafanhoto e assim aconteceu, se tornando venerado pelos sertanejos que assustados e impressionados pelo sobrenatural da calamidade concretizada e ainda amansava as feras e índios na mata , como não cobrava nada pelas curas que os antes crédulos sertanejos presenciaram, o autenticaram como santidade. Esta figura agora santificada pelo povo continuou as premonições, exclamando que um grande cataclismo, fará desaparecer a cidade de Guarapuava, aparecendo no lugar que está situada um grande lago. Ainda não realizou-se tal fato, mesmo com esta frase, que amedrontou os seus seguidores, estes se mantiveram fieis até os dias de hoje onde peregrinam em busca de cura numa gruta no vale do Jordão onde supõem-se o lugar onde era sua morada nas visitas a comunidade. O monge foi fruto do seu tempo, intrínseco no momento histórico pela estrutura social que se formava. Foi um ser representativo para pessoas simples daquele momento vivido. Outra figura lendária ficou conhecida como cacique Guairacá, foi seu nome advogado pelo grande Romário Martins que procurou impor este nome como o grande defensor da sua raca e terra, que expulsou os castelhanos que queriam conquistar as terras do Paranapanema, Iguaçu e Tibagi.Estes tiveram que sustentar longas batalhas contra esse magnifico cacique que Martins o igualava a Ataualpa do Peru. Deslumbrou uma campanha nacionalista para referenciar este nome, personificar a figura do heroico cacique , generosa ideia de civismo e brasilidade. A intenção primeira era edificar um monumento na então capital brasileira,Guanabara, no Rio de Janeiro. Este movimento de gratidão nacional no sentido de ereção de um monumento que perpetuasse a personalidade do índio brasileiro, foi recusada pela Assembleia no anos de 1950 e foi concretizada no terceiro planalto paranaense , em nossa cidade , depois de uma longa luta do valoroso , figura importante da politica estadual ,Sr Antonio Lustosa de Oliveira, que em 1978, concretizou o sonho Romarista ou Romariano de erguer este monumento ao índio que cumpriu uma grande missão na história nacional, legou ao Brasil a frase : “Esta terra tem dono” . Estas duas figuras, lendas ou não , não foram maléficas influências e por vezes são expressões felizes da realidade histórica e atual, que exprimem melhor que a narrativa verídica dos acontecimentos e a fisionomia dos homens que nele desempenham o papel de relevo. Há lendas que convém manter intacta como uma realidade imponderável outras, muitas ,são prejudiciais e por vezes perigosas para o interesse da sociedade.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

HISTÓRIA DE GUARAPUAVA

O JORNAL A NOITE(RJ) quarta feira (18-07 - 1934) n-8133
história de Guarapuava...
Em Guarapuava no terceiro planalto paranaense foi descoberto um estranho monumento de pedra, que representou um enigma indecifrável. Encontrado casualmente nos sertões de Serro Verde por um roceiro, a misteriosa construção soterrada obteve logo um explorador espontâneo na pessoa do fotografo OTTO WAGNER de nacionalidade alemã, pronto para tentar a decifração do segredo milenário. Fascinado gastou tudo que possuía(Casa, Atelier fotográfico e 40 contos ).Sua pesquisa desorientada sem guias científicos, só no instinto de explorador nada encontrou. Sem exito na sua ambição(ouro) perdeu o pique.
Esta descoberta na verdade foi em 1923 quando encontraram este circulo de coluna de pedras de 3 a 5 metros de comprimento terminadas em pontas ou piramides, tudo isso sobre o vale do rio das Araras, onde há vestígios provável de uma barragem. Pelo lado do rio ao pé do declive há um túnel ou boca, indicação de entrada do estranho monumento. O rejuntamento das pedras no interior da cúpula da construção e ainda outros lugares é feito de uma argamassa esbranquiçadas, petrificado de todo. Serro Verde em cujo sertão selvagem faz a misteriosa reminiscencia pré histórica até o dia de hoje indecifrável localizada a sete léguas de Guarapuava. Quem explicaria o significado arqueológico do estranho achado.

HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA


HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA...
No dia 15 de fevereiro de 1929, foi estampado na pagina 03 do DIÁRIO CARIOCA n-182, a noticia do assassinato do prefeito de Guarapuava o Sr Antonio Ribeiro de Brito ainda ignorando os motivos do acontecido. O falecido era genro do Coronel Solano Alves de Camargo, irmão do Presidente Afonso Camargo. Enquanto era concretizado todos os atos fúnebres, com a presença de grande numero de políticos do estado, descobriu-se o mandatário, a responsabilidade do assassínio fora do fazendeiro Generoso Mendes Araujo, conhecido na cidade como Tino. O qual relatou que contratou os indivíduos Benedito Ferraz e Benedito Fusil, que logo foram capturados pela forca policial e trancafiados na cadeia local. Uma semana apos o fatídico o fazendeiro Generoso Teixeira mandatário do assassinato do prefeito de Guarapuava já assumindo a perpretacão do crime atentou sobre sua própria vida e faleceu suicidando dentro da cadeia . O jornal não conseguiu noticias dos motivos do atentado ao prefeito . Sem mais esta é uma história de Guarapuava



JORNAL A NOITE (RJ) terça feira, 15 de outubro de 1935.
Com o titulo expressivo é noticiado a morte de um assassino. Em 14-02-1929 em Guarapuava teve um despertar dos mais trágicos. Numa das suas ruas pela madrugada foi encontrado o corpo do Dr Antonio Ribeiro de Brito, prefeito municipal, uma unica bala, transfixante a aorta pulmonar, tira-lhe a vida. Esta morte em circunstância misteriosa , descobriu-se apos , uma emboscada coordenada pelo fazendeiro Generoso , o Tino ,conhecido autor celebre, este preso, envenenou-se e partiu para a necropsia. Outros comparsas os Beneditos ( Fusil e Ferraz) que ganhariam o primeiro um carro Ford e o segundo um cavalo arreada.Descobriu-se a intriga do assassino-suicida com o prefeito, numa briga judicial por um certo imóvel. O juri condenou-os a trinta anos de prisão. Benedito Fusil fugiu da cadeia com audácia e inteligência , não logrando meio de serrar os grossos vergões da prisão escavou a parede numa forca inconcebível e fugindo pela brecha. Enquanto seu companheiro Benedito Ferraz, durante a confusão da revolução de 1930 veio a ser absolvido na comarca de Prudentópolis. Após a fuga Fusil refugiou-se no sertão guarapuavano num lugar conhecido como Grongoró, um lugar inacessível aos recursos precarissimos da policia local, fez do seu canto uma fortaleza, levantando tem os em sua roda uma trincheira de troncos derrubados. O destinos porém tem os seus desígnios. Numa carreira de cavalos em Serro Verde atraído pela animação das apostas,ele se mistura ao povo.Briguento e mal encarado, trava-se de razões com um outro valente do lugar , Honório Machado. Para homens dessa tempera, as palavras sempre são poucas, Benedito Fusil descarrega o seu revolver no contentor desabusado derrubando-o j;a na vala da agonia. Julga-se num relance, vitorioso mais uma vez. Triste ilusão, seu percurso estava no final.O adversário ferido abate-o com um tiro certeiro. Morreu assim o outro matador do prefeito... aqui se faz aqui se paga.

HISTORIA DE GUARAPUAVA



HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA...
JORNAL A NOITE (RJ)-QUARTA FEIRA, 15 DE JANEIRO DE 1936.
Conhecer um homem, a quem a fortuna, através de um bilhete de loteria, teve o capricho de visitar inesperadamente , é sempre uma tarefa agradável. Mesmo que se tenha de viajar de Ponta Grossa até Guarapuava, rompendo trinta léguas de estrada áspera, na diligência que faz o serviço de passageiros e de Correio, em excursões periódicas, com uma regularidade precária. Aboletados no duro assento de um Ford V-8, convertido em jardineira, ei-nos rumando o terceiro planalto, enquanto uma chuvinha irritante alagava a paisagem. Valeria a pena o sacrifício?De Imbituva, uma boa auto estrada até Prudentópolis, já o caminho era vencido com maior dificuldade, lama, buracos e trilhos enormes abertos pelos carroções puxados por nove ou dez cavalos. E lá íamos aos bóleos, atras do homem dos 200 Contos...Duas horas depois de Prudentópolis começava a roncar , para vencer a imponente serra da esperança. Pedaço duro de conquistar. Mas bonito de se ver. Uma serrania majestosa, que faria abrir os olhos a muito turista desavisado. Agora o terceiro planalto. Mais algumas horas de viagem difícil e Guarapuava surge de imprevisto, numa volta da estrada. Cidade antiga, casario velho, também fundada ha 116 anos ...Depois de algumas informações , tocamo-nos para o “Bar América” instalado num corredor de casas acachapadas, bem no centro da cidade. Seu proprietário, disseram-nos ,era pessoa que procurávamos.
- O Sr. Francisco Demário?
- Sou eu mesmo.
- Pois viemos de parte do jornal A NOITE do Rio...
- O homem mudou, num relance,Fez-se sério. E visivelmente constrangido ao perceber o intuito de nossa presença:
- Ora, A NOITE a se preocupar comigo. Sou um homem humilde...
Em pouco, porém , as coisas mudavam. E no correr da conversa, foi-nos contando como lhe chegará as mãos a sorte grande.
- Comprei um bilhete e meio da Loteria Federal, da extração de 26 de dezembro, em ocasiões diversas. Na tarde da extração da loteria,conferi apenas o meio bilhete, esquecido de que o outro também corria naquele dia. E sinceramente sinceramente fiquei triste, estava “branco”. Os amigos no bar riam da minha pouca sorte, e eu mesmo estava decepcionado, pois pusera o melhor palpite naquele bilhete. Nisto , entra de imprevisto o rapaz da Agencia Lotérica, a gritar que eu tirará a sorte grande. Diante do bilhete branco, já conferido, aquela cena deixou-me ainda mais desesperado. O rapaz porém, grita-me que eu havia comprado o outro bilhete inteiro, e com efeito, lá estava ele na gaveta do balcão: n; 12.711...
- Que sensação teve?
- Nem lhe digo, 200 Contos, assim de uma sentada, deixa a gente tonta. Em todo o caso, o que eu sei é que foi uma sensação gostosa. E ria-se , o Sr. Demário. Observamo-lhe que ele já mostrava uns ares de capitalista...
- Nada disso. Sou o mesmo homem humilde de sempre. Fiz-me no trabalho e continuarei a trabalhar. Vou comprar esta casa, melhorar o Bar. Interrompendo-o fazendo alusão ao seu aspecto físico, de um homem dado a abastança, para esclarecer a nossa inocente insinuação.Sempre fui gordo, é verdade. Peso cem quilos. Alias, sou um cozinheiro de mão cheia, e fui muito tempo maitrê de hotel. E rindo conclui :
- Compreende-se , assim, como antes de ser rico eu já podia ser gordo...

HISTÓRIAS DE GUARAPUAVA...

JORNAL A NOITE (RJ) terca feira 07-08-1934 n-8134
Uma publicação aonde referenciava em especial aos esforços que estavam sendo feitos em Guarapuava para o desenvolvimento a cultura do trigo. O interlocutor era o capitão Deamiro Pletz Espindola, guarapuavano que residia no Rio, que ecoava em elogios o entusiasmo que reinava naquela região no Oeste paranaense pelos esforços coletivos para que os brasileiros comessem pão nacional. Apresentava o que recebeu de Guarapuava, uma lata de farinha branca de excelente qualidade e cheirosa, cartazes e manifestos de propaganda escritos em português, alemão e polonês, assim como cupom de brindes e de prêmios aos agricultores e uma longa carta dos Srs Ciscato e Cia na qual enaltecia o grande entusiasmo do sucesso que estava tendo a cultura do trigo no seu município. Contando também o exito do empreendimento patriótico a montagem de uma industria, um moinho que havia sido importado da Europa e estava encaixotado a quatros anos numa praça publica no sol e chuva. Instalado o moinho, os industriais iniciaram uma intensa campanha para a cultura do trigo. Surtiu efeito positivo, agora, o próximo passo foi a propaganda para o consumo e todos os lares de Guarapuava somente se comia pão do trigo guarapuavano e como a, produção excedia começou a exportação para Ponta Grossa e recebido com grande sucesso. Contava os Srs Ciscato e Cia que há meses tiveram ofertas do trigo estrangeiro para moer, resistiram a oferta para continuar a campanha a favor do trigo local . A outra esperança era a continuidade para a conclusão da estrada de ferro oeste do Paraná, se o sonho fosse realizado aquela região estaria resolvendo o problema do seu pais que não precisaria mais importar o trigo .